quarta-feira, 29 de julho de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

Bolívia encara um ambicioso plano rodoviário | Construccion Pan-Americana

Bolívia encara um ambicioso plano rodoviário


24.07.15


















A Bolívia tem US$ 1,2 bilhões em projetos rodoviários em etapa inicial de desenvolvimento, segundo dados publicados pela BNAmericas.

Em termos do setor de infraestrutura local em geral, o presidente Evo Morales afirmou recentemente que sua administração planejava investir US$ 2,5 bilhões este ano, apoiando-se no fato de que a economia exibe uma aceleração.

O PIB boliviano está previsto para crescer 5% em 2015, o maior ritmo na região, de acordo com o Ministério da Economia e Finanças Públicas. O governo planeja aumentar o orçamento de gasto público para esta ano em 36%, para US$ 6,18 bilhões.

O plano da Administradora Boliviana de Rodovias (ABC, na sigla em espanhol) demonstra a intenção do governo de concluir 624 quilômetros de rodovias de pista dupla e outros 22 quilômetros de vias de quatro pistas no atual semestre. 

Se os trabalhos forem executados dentro dos prazos, a Bolívia terá construído 60% mais rodovias do que em 2014.

A ABC também pretende completar este ano 50 quilômetros de pontes como parte de seu plano nacional de construção de pontes.

Imagem: Ministério de Comunicação (Bolívia)

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Beyond Coal: A game changer in the transition from coal to clean energy

Publicado em 8 de abr de 2015
The coal industry has had a tight grip on U.S. energy policy for decades, with devastating consequences for both public health and our environment. 

Through Bloomberg Philanthropies’ support of the Sierra Club’s Beyond Coal campaign, we’re helping to end America’s reliance on dirty coal and shift the U.S. Power sector to a cleaner future. 

Bloomberg Philanthropies has invested $80 million with the Sierra Club to retire half of the nation’s coal fleet by 2017. The Sierra Club is currently on schedule to meet this goal—187 plants have already announced their retirement as of April 2015. 

The initiative is one of the most effective campaigns to cut carbon emissions in history. 
Learn more at Bloomberg.org.

Construtoras e incorporadoras pisam no freio, reduzem lançamentos e lançam estratégias diversas para liquidar estoques

Construtoras e incorporadoras pisam no freio, reduzem lançamentos e lançam estratégias diversas para liquidar estoques


 
SNEHIT/shutterstock
Incorporadoras e construtoras que no passado recente se aventuram a construir em novas praças começam a retornar à São Paulo (foto) e ao Rio de Janeiro
O excesso de oferta decorrente do período de euforia do mercado de imóveis modificou o comportamento das grandes empresas de construção do País. Em resposta aos prejuízos causados pelo dimensionamento inadequado da demanda, elas frearam os lançamentos de algumas tipologias de empreendimentos, e agora, criam atrativos para a venda dos seus estoques. 
Com isso, a expectativa é a de que o mercado entre em um período de estabilização até o próximo ano. O que justifica o otimismo é o comportamento do mercado em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades que apresentam boa absorção e perspectivas de crescimento para 2014.
Obs. Isso ocorreu em 2014, onde as expectativas da economia tinham como propósito o crescimento, porém nada disso aconteceu, e em julho de 2015, tudo está parado, não pelo excesso de produção de unidades, mas por problemas macro-econômicos junto a gestão pública no Brasil.
O analista da Coinvalores, Felipe Silveira, conta que o nível de lançamentos no início de 2013 foi fraco, com as empresas enfrentando as consequências da diversificação geográfica, além dos problemas de rentabilidade e o alto custo da construção civil. Mas já no final de 2013, o mercado retomou o apetite. Sem problemas com a velocidade de vendas, o último trimestre apresentou um grande volume de lançamentos em São Paulo. "Se olharmos o estoque no final do ano passado, ele não está tão acima do histórico", analisa Silveira, que aposta: "O movimento do primeiro semestre de 2014, sem o nível de lançamentos de antes, com as vendas caminhando em nível saudável, deverá ser de normalização".

Obs. Isso ocorreu em 2014, onde as expectativas da economia tinham como propósito o crescimento, porém nada disso aconteceu, e em julho de 2015, tudo está parado, não pelo excesso de produção de unidades, mas por problemas macro-econômicos junto a gestão pública no Brasil.
Na busca pelo equilíbrio, as empresas têm trazido de volta os canteiros para os dois maiores mercados do País. "A capital paulista tem sido o principal alvo das construtoras para voltarem a crescer", diz Silveira, lembrando que em outubro passado, era uma das poucas cidades com valorização do metro quadrado maior que o INCC. A maioria das capitais segue com preços alinhados ao índice.
Divulgação: Secovi-SP
"Quando lemos os balanços, vemos o esforço na venda de remanescentes. O estoque parado passou a ser despesa"
Celso Petrucci economista-chefe do Secovi-SP
O tamanho do problema 
Não vender todas as unidades na planta nunca foi um problema para os empreendedores. Uma margem entre 5% e 10% de imóveis não comercializados é até considerada saudável. Isso porque em estágios mais avançados de obra eles têm uma valorização maior.

O estoque começa a preocupar quando as grandes empresas passam a ter um crescimento orgânico. "Com lançamento de dez mil unidades/ano, são 500 a mil unidades não vendidas. Crescem os custos com manutenção, segurança, condomínio e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)", comenta o economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci.
"Quando lemos os balanços, notamos o esforço na venda de remanescentes. O estoque parado passou a ser despesa", explica Petrucci, citando como exemplos a Cyrela, que ofertou empreendimentos de alto padrão, e a Even, que investiu na construção de um amplo showroom na zona Sul de São Paulo.
Para o Secovi-SP, o número de equilíbrio do mercado fica entre 15 e 20 mil imóveis em oferta. Em janeiro deste ano, havia 19 mil unidades em São Paulo, segundo pesquisa de imóveis lançados nos últimos 36 meses, de fevereiro de 2011 até janeiro de 2014.
A pesquisa mais recente da Geoimóvel também analisou os lançamentos imobiliários residenciais verticais em São Paulo, mas entre 2010 e 2013, com atualização do estoque em 2014. Segundo o levantamento, o total do estoque da capital paulista seria de 22,8 mil unidades, número um pouco superior ao apresentado pelo Secovi-SP.

Imobiliárias on-line
YANugkElID/Shutterstock
Passado o período de venda exclusiva acertado com grandes imobiliárias, empresas como Gafisa, Tecnisa, Queiroz Galvão e Cyrela têm buscado as imobiliárias eletrônicas para comercializar seus estoques. O Imóvelbid, que nasceu em 2013 e atua na região metropolitana de São Paulo, é uma delas. O site oferece atualmente 3.500 imóveis para vendas, distribuídos em 75 empreendimentos. Tonico Dias, fundador do Imóvelbid, conta que o site disponibiliza espelho de vendas, preços e localização exata da unidade ofertada. Também há um simulador de compra. "Como não precisamos investir em escritório, aplicamos em mídia. Temos um custo operacional baixo. Isso nos dá mais tranquilidade para negociar", explica Dias, que atualmente tem 15 incorporadoras como clientes. Com dois anos de mercado, o site Realton também tem ajudado na venda dos remanescentes das incorporadoras, especialmente para as que atuam nos segmentos de médio e alto padrão. Segundo a diretora comercial, Myrna Gomes, entre os atrativos para venda estão ações promocionais como oferta de eletrodomésticos, instalação de pisos como carpetes de madeira, entre outros. Os descontos variam de 5% até 30%. "Para 2014, a nossa expectativa de vendas é de R$ 800 milhões", revela Myrna, que trabalha com um estoque de R$ 1,8 bilhão.

Divulgação: Sarti Ademi-BA
"(Em Salvador) estamos vendendo mais do que lançando. A nossa intenção é aumentar para cinco a seis mil imóveis comercializados anualmente"
Nilson Sarti diretor da Akasa Incorporadora
Diferenças regionais 
Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nos dados da Geoimóvel mostra que Fortaleza é uma das cidades que apresenta a melhor situação entre as capitais analisadas (Goiânia, Brasília, Salvador, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro). Há quatro anos, a tipologia de três dormitórios segue com boa velocidade de vendas na capital cearense. Das 15 mil unidades desse formato lançadas no período, apenas 19% sobraram. O estoque total da cidade é de 4.174 unidades.

Já Curitiba, cujo boom imobiliário resultou em um lançamento de 14.477 unidades residenciais apenas em 2011, ainda tem três mil imóveis aguardando compradores. Para equilibrar, o mercado retraiu nos anos seguintes para comercializar os estoques. Os lançamentos de 2013, 3.500 unidades, já estão 45% vendidos. A capital paranaense apresenta estoque total de 7.873 unidades.


Brasília é um dos mercados mais instáveis. Em 2011 e 2012, uma quantidade enorme de empreendimentos de um dormitório foi lançada enquanto as tipologias de dois, três e quatro dormitórios passaram por carência de oferta. A capital conta com 1.024 unidades no seu estoque, sendo que 45% desse estoque é de imóveis compactos. "Na capital federal, como em outras capitais, houve erro de planejamento, conhecimento e dimensionamento de mercado", diz o diretor da Amaral D'Avila Engenharia de Avaliações e do Geoimóvel Tecnologia e Informação Imobiliária, Celso de Sampaio Amaral Neto.
Obs. Isso ocorreu em 2014, onde as expectativas da economia tinham como propósito o crescimento, porém nada disso aconteceu, e em julho de 2015, tudo está parado, não pelo excesso de produção de unidades, mas por problemas macro-econômicos junto a gestão pública no Brasil.
O mercado imobiliário de Salvador também não apresentou bom desempenho em 2013. Isso porque o Plano Diretor embargou muitos empreendimentos, trazendo insegurança jurídica para quem pensava em adquirir um novo apartamento. Com as novas regras consolidadas, a tendência é de liberação dessas obras e aumento do número de lançamentos.
Obs. Isso ocorreu em 2014, onde as expectativas da economia tinham como propósito o crescimento, porém nada disso aconteceu, e em julho de 2015, tudo está parado, não pelo excesso de produção de unidades, mas por problemas macro-econômicos junto a gestão pública no Brasil.

Construtoras e incorporadoras pisam no freio, reduzem lançamentos e lançam estratégias diversas para liquidar estoques - Parte 2

O número de unidades em oferta na capital baiana, em janeiro de 2014, era de 7.729 unidades, segundo o diretor da Akasa Incorporadora e ex-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi- BA), Nilson Sarti. Ele conta que houve uma queda razoável dos lançamentos na cidade. Em 2011, lançamos 7.700 unidades. Em 2012, 2.300, e em 2013, 2.400. Salvador segue com uma média de quatro mil unidades comercializadas por ano. "Estamos vendendo mais do que lançando. A nossa intenção é aumentar para cinco a seis mil imóveis comercializados anualmente", diz Sarti.
Diante desse desaquecimento, alguns players estão se retirando da capital baiana. "Cyrela, Gafisa, Rossi, entre outras, vieram na alta do mercado e estão voltando para se focar nas regiões de origem", conta Nilson Sarti, que emenda: "Essas empresas lançaram muita coisa no mesmo lugar. Mas o mercado imobiliário é complexo. É preciso entendê-lo e não apenas fazer obras".


Vitoriano Junior/shutterstock
Em Salvador, o número de lançamentos é menor do que o de vendas. Desaquecimento do mercado vem induzindo a retirada de grandes incorporadoras da capital baiana
Liquida tudo 
As grandes construtoras e incorporadoras têm atuado em várias frentes para reduzir os seus estoques. Algumas investem em campanhas de marketing para alavancarem as vendas nas suas imobiliárias, outras promovem feirões, anunciando descontos de até 40%. Há aquelas que dão brindes aos clientes, ou terceirizam este trabalho para as imobiliárias on-line.

A Trisul encerrou o último trimestre de 2013 com estoque de 1.396 unidades, entre lançamentos, concluídas e em construção, que correspondem a um VGV potencial de R$ 555 milhões. Este ano, a empresa trabalha com a campanha Seleção Trisul, na qual oferece benefícios aos clientes, de acordo com cada empreendimento, tais como pagamento da escritura, seis meses de condomínio e descontos que variam de 3% até 30%.
O diretor comercial e de marketing da empresa, Ricardo Stella, explica que fazem parte da campanha imóveis prontos ou em fase de finalização em 2014. Há diversas opções de unidades com valores que variam de R$ 150 mil até R$ 1,2 milhão. No ano passado, a empresa realizou duas campanhas semelhantes.
A Even, que encerrou o quarto trimestre de 2013 com estoque de R$ 2,4 bilhões em valor potencial de vendas, também promoveu recentemente mais um "Even Day", em São Paulo. Na edição anterior, realizada em junho de 2013, a empresa colocou à venda mil unidades em 56 empreendimentos residenciais e comerciais na cidade, com descontos de até 40%. A empresa também inaugurou, no ano passado, uma megastore em São Paulo, onde apresenta mais de 70 empreendimentos.
Obs. Isso ocorreu em 2014, onde as expectativas da economia tinham como propósito o crescimento, porém nada disso aconteceu, e em julho de 2015, tudo está parado, não pelo excesso de produção de unidades, mas por problemas macro-econômicos junto a gestão pública no Brasil.
Em março deste ano, a MRV Engenharia também realizou o Mega Feirão em mais de 30 municípios onde a empresa está presente, com 25 mil unidades disponíveis para venda, com opções de prontos para morar, em construção ou na planta.
Excess Inventory 
The excess supply resulting from the initial euphoria of the housing market has changed the behavior of the largest construction companies of the country. In response to the damage caused by improper forecast of the demand, these companies held back project launches, and now create incentives to sell their backlogs. "When we read the balance sheets, we notice the effort to sell inventory leftovers. Stationary backlog has become an expense", says the chief economist of the Housing Trade Union of São Paulo (SP - SECOVI), Celso Petrucci.

To equalize this situation, big builders and developers have been working on several fronts to reduce their inventories. Some invest in marketing campaigns to leverage their sales at their real estate agencies; others promote big fairs announcing discounts up to 40%. There are those who give gifts to clients, or outsource this job to online real estate agencies.
The expectation is that the market will enter a stabilization period until next year. The optimism is justified by the market's behavior in São Paulo and Rio de Janeiro, cities that have good absorption and growth prospects for 2014. "The earnings of the first half of 2014, without the previous launches rate and considering that sales will be striding in a healthy pace, is expected to be of normalization" foresees the analyst of Coinvalores, Felipe Silveira.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

PICARETÓPOLIS A cidade tomada pela corrupção: PICARETÓPOLIS A cidade tomada pela corrupção: IPT ...

PICARETÓPOLIS A cidade tomada pela corrupção: PICARETÓPOLIS A cidade tomada pela corrupção: IPT ...: PICARETÓPOLIS A cidade tomada pela corrupção: IPT desenvolve rota alternativa para obtenção de m... : IPT desenvolve rota alternativa para o...



Remédio amargo ou letal? | Construção Mercado



Remédio amargo ou letal?

Sacrifícios do ajuste fiscal visam recuperar a força e a credibilidade da economia brasileira, mas podem comprometer setores estratégicos, como a indústria da construção civil

Da Redação
17/Julho/2015
 
Poucos são os empresários brasileiros capazes de questionar a necessidade do ajuste fiscal e do reequilíbrio das contas públicas no Brasil. Não se trata, portanto, aqui de discutir a premência do remédio, mas sim a dosagem e os efeitos colaterais sobre uma economia fragilizada. 
A indústria da construção civil sofre para se readaptar a uma realidade que, há menos de uma década, fazia parte da rotina das empresas: falta de crédito, preocupação geral com desemprego, renda decrescente, desconfiança dos investidores nacionais e estrangeiros e a falta de recursos públicos para investimentos em infraestrutura.
A diferença do momento atual para as velhas "décadas perdidas" do setor consiste na abrangência da crise. A indústria da construção se subdivide em vários segmentos de atuação: infraestrutura e obras públicas, parcerias público-privadas, habitação popular, mercado imobiliário (real estate), obras industriais, logísticas etc. 
Como bem apontou o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, em entrevista concedida à equipe da revista Construção Mercado, "nunca tinha visto todas as áreas ruins ao mesmo tempo, como está acontecendo agora."
A análise de Ferraz Neto nos oferece a dimensão de uma crise, cujas consequências ainda não conseguimos mapear. Os efeitos imediatos são nítidos: desemprego setorial, paralisação de obras, redução de lançamentos, engavetamento de projetos e adiamento de investimentos. Os danos a médio e longo prazo, entretanto, são imprevisíveis e dependem da duração da contração econômica.

Perderemos, mais uma vez, gerações inteiras de engenheiros civis e arquitetos para outros setores da economia? 

As empresas de projeto e consultoria serão novamente esvaziadas, deixando talentos e know-how por falta de novos contratos? 

A industrialização na construção civil será subjugada em favor da mão-de-obra desqualificada? 

Pautas fundamentais para o futuro do setor, como a busca da produtividade, a sustentabilidade (ecoeficiência), a Norma de Desempenho (NBR 15.575) e o BIM (Building Information Modeling), perderão espaço?


Difícil responder, com exatidão, às questões apontadas. O que resta ao setor é defender o papel estratégico de uma indústria propulsora de investimentos e empregos. 
Ao mesmo tempo, no âmbito das empresas, concentrar esforços em gestão, inovação e soluções alternativas para encontrar novas oportunidades que, mesmo escassas, aparecem em tempos de recessão. 
Permanecer parados, aguardando a dose e a duração dos sacrifícios impostos pelo governo federal, não vai ajudar em nada. Pelo contrário, fará com que o remédio, ao invés de amargo, seja letal.
Eric Cozza
Diretor Geral da Editora PINI

Remédio amargo ou letal? | Construção Mercado

Remédio amargo ou letal? | Construção Mercado



Remédio amargo ou letal?

Sacrifícios do ajuste fiscal visam recuperar a força e a credibilidade da economia brasileira, mas podem comprometer setores estratégicos, como a indústria da construção civil

Da Redação
17/Julho/2015
 
Poucos são os empresários brasileiros capazes de questionar a necessidade do ajuste fiscal e do reequilíbrio das contas públicas no Brasil. Não se trata, portanto, aqui de discutir a premência do remédio, mas sim a dosagem e os efeitos colaterais sobre uma economia fragilizada. 
A indústria da construção civil sofre para se readaptar a uma realidade que, há menos de uma década, fazia parte da rotina das empresas: falta de crédito, preocupação geral com desemprego, renda decrescente, desconfiança dos investidores nacionais e estrangeiros e a falta de recursos públicos para investimentos em infraestrutura.
A diferença do momento atual para as velhas "décadas perdidas" do setor consiste na abrangência da crise. A indústria da construção se subdivide em vários segmentos de atuação: infraestrutura e obras públicas, parcerias público-privadas, habitação popular, mercado imobiliário (real estate), obras industriais, logísticas etc. 
Como bem apontou o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, em entrevista concedida à equipe da revista Construção Mercado, "nunca tinha visto todas as áreas ruins ao mesmo tempo, como está acontecendo agora."
A análise de Ferraz Neto nos oferece a dimensão de uma crise, cujas consequências ainda não conseguimos mapear. Os efeitos imediatos são nítidos: desemprego setorial, paralisação de obras, redução de lançamentos, engavetamento de projetos e adiamento de investimentos. Os danos a médio e longo prazo, entretanto, são imprevisíveis e dependem da duração da contração econômica.

Perderemos, mais uma vez, gerações inteiras de engenheiros civis e arquitetos para outros setores da economia? 

As empresas de projeto e consultoria serão novamente esvaziadas, deixando talentos e know-how por falta de novos contratos? 

A industrialização na construção civil será subjugada em favor da mão-de-obra desqualificada? 

Pautas fundamentais para o futuro do setor, como a busca da produtividade, a sustentabilidade (ecoeficiência), a Norma de Desempenho (NBR 15.575) e o BIM (Building Information Modeling), perderão espaço?


Difícil responder, com exatidão, às questões apontadas. O que resta ao setor é defender o papel estratégico de uma indústria propulsora de investimentos e empregos. 
Ao mesmo tempo, no âmbito das empresas, concentrar esforços em gestão, inovação e soluções alternativas para encontrar novas oportunidades que, mesmo escassas, aparecem em tempos de recessão. 
Permanecer parados, aguardando a dose e a duração dos sacrifícios impostos pelo governo federal, não vai ajudar em nada. Pelo contrário, fará com que o remédio, ao invés de amargo, seja letal.
Eric Cozza
Diretor Geral da Editora PINI

PICARETÓPOLIS A cidade tomada pela corrupção: IPT desenvolve rota alternativa para obtenção de m...

PICARETÓPOLIS A cidade tomada pela corrupção: IPT desenvolve rota alternativa para obtenção de m...: IPT desenvolve rota alternativa para obtenção de material utilizado na produção de painéis solares Projeto que obtém silício de grau sola...



IPT desenvolve rota alternativa para obtenção de material utilizado na produção de painéis solares

Projeto que obtém silício de grau solar de alta pureza pode dar competitividade ao Brasil no mercado de energia fotovoltaica

Kelly Amorim, do Portal PINIweb

22/Julho/2015
 
Divulgação: IPT
Um projeto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para a obtenção do Silício Grau Solar (SiGS), material utilizado na produção de células solares fotovoltaicas e na conversão de energia solar em elétrica, dará competitividade ao Brasil na produção de painéis solares, colocando o país em patamar de protagonista no mercado.
O instituto desenvolveu a produção de SiGS a partir de uma rota alternativa metalúrgica, que viabiliza a obtenção de silício de alta pureza. Até o final dos anos 90, o material era obtido como subproduto do Silício Grau Eletrônico (SiGE).
De acordo com o pesquisador do Laboratório de Processos Metalúrgicos e coordenador do projeto, João Batista Ferreira Neto, o objetivo do Instituto é conseguir parcerias que viabilizem financeiramente o programa em escala industrial. Estudos de viabilidade mostraram que uma planta com produção de 100 toneladas de silício ao ano teria, em sua fase piloto, faturamento anual de 2,1 a 2,4 milhões de dólares.
O Brasil, ainda segundo ele, já é um dos maiores produtores mundiais de silício grau metalúrgico, com capacidade de produção anual de aproximadamente 200 mil toneladas. A proposta é agregar valor a este produto com o desenvolvimento do Silício Grau Solar, que atualmente é comercializado por cerca de 20 dólares por quilo.
O projeto do IPT foi finalizado em 2014 em parceria com a Cia. Ferroligas Minas Gerais (MinasLigas) e com financiamento do Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).